Euforia, bebidas, corpos pintados e às vezes nus, chegamos à altura da tradição, talvez mais patética do ano e é assim que a vamos vendo ao longo do tempo e pensamos: "Quem foi o idiota que inventou esta estupidez?".
Não sei o que dizer ou responder a mim mesma quando faço esta pergunta, mas o facto é que posso dizer uma frase que César dizia quando governava a Antiga Roma: "Dai-lhes pão e circo", quero com isto dizer que em tempos como estes de "crise" (que é só para uns e não para outros), as pessoas eufóricamente e não se lembram dos problemas que as rodeiam antes de começar de começar estes dias, mas quando a alegria passa tudo volta a ser o que era antes.
A atracção do Carnaval são as máscaras, os carros alegóricos, desfiles e musicas, muita "acção" e bebida para satisfação carnal, cada um faz o que quer e lhe apetece pois como "é Carnaval ninguém leva a mal" (eu pelo menos levo, esqueceram-se de fazer referência a quem não gosta e ainda se queixam que generalizamos tudo e todos), "Soltam a franga" e usam um disfarce (dizem eles) mas o que não percebem é que na realidade estão a mostra aos outros e a fazer aquilo que realmente e seu coração deseja e sempre desejou o ano inteiro, mas só têm coragem de fazê-lo nestes dias, porque ninguém te que levar a mal e porque podem-se esconder atrás de algo que ninguém poderá reconhecer, usam uma máscara física para se soltar, mas quando tudo acaba, retiram-na e voltam a colocar a máscara ninguém sabe que existe e que será a que hão de usar o resto do ano.
De que serve viver uma vida ficticia e com máscaras se um dia elas vão cair? No fundo não demonstramos quem realmente somos, mas tornamos-nos escravos daquela imagem que criamos e que mostramos aos outros todos os dias.
Temos em Mateus 26:69-75 o exemplo daquilo que Pedro passou, a sua máscara caiu quando ele negou Jesus e no fundo ele arrependeu-se do que havia feito. Não seria melhor se todos vivessemos uma vida autentica?
Jesus pode dar-te uma vida verdadeira sem anonimatos e sem as máscaras que construíste e ainda "usas".
O Carnaval é apenas um pretexto para cada um mostrar a pior parte de cada um de nós, mostrar aquilo que devemos tentar melhorar, é uma festa que preza a loucura e a libertinagem tentando quebrar os valores e o pudor que hoje já é raro existir.
Não é mais fácil sermos nós mesmo 365 dias por ano?